POLÍTICA

Derrubada de decreto armamentista impede blindagem de carros e setor pode ir à falência

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A revogação de decretos que facilitavam o acesso a armamentos realizado por Lula (PT) no começo do mandato atingiu também o mercado de blindagem de carros no Brasil. De acordo com informações levantadas pelo o Olhar do Norte, nesta quinta-feira (09), representantes do setor temem ir à falência por causa da revogação dos decretos.

O decreto número 10.030, de 30 de setembro de 2019, que trata da blindagem de carros era o mesmo que regulamentava a venda e a autorização para a posse e o porte de armas de fogo e foi revogado por Lula no primeiro dia de seu governo.

A blindagem de veículos, assim como ocorre com a venda de armamentos, é monitorada pelo Exército. Entidades do setor alegam que, sem normas para que as empresas não cometam irregularidades e sejam acusadas de atuação ilegal, elas tiveram de paralisar as atividades.

A derrubada das normas sobre blindagem teria sido um equívoco por parte do governo, que não fez a avaliação técnica com tempo hábil para entender o impacto da medida sobre o setor de segurança privada, segundo a Associação Brasileira da Blindagem (Abrablin). 

A entidade espera que o assunto seja objeto de novo decreto a ser publicado em algumas semanas.

O que dizem as autoridades do setor?

Em entrevista ao Terra Brasil Notícias, o empresário Leonardo Arnaud, gerente de contas do Norte-Nordeste da Carbon Blindados, afirmou que a medida do governo petista pode inviabilizar todo o setor.

“É uma medida que vem com o novo governo, mas que pode atrapalhar o mercado durante esse período, até que tudo fique alinhado”, acrescenta o executivo.

Ainda em entrevista ao Terra Brasil Notícias, o controlador de Produtos Controlados do Exército da Target Blindados, Carlos Fidelis, afirmou que desde o dia 20 de janeiro praticamente toda a indústria está parada.

“Na prática, desde o último dia 20 não está autorizando nenhum carro”, afirmou Carlos Felis.

Desemprego em massa

Apenas em 2021, empresas de blindagem prestaram serviços a mais de 20 mil veículos particulares e a indústria de blindagem hoje abrange uma cadeia de alguns milhares de funcionários.

Caso o decreto que permita a blindagem de veículos não volte a valer, uma série de demissões em massa seria eminente no setor.

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