Com venda de UPIs, assembleia de credores aprova plano de RJ do Grupo Redenção
A Assembleia Geral de Credores (AGC), realizada nesta segunda-feira (13), aprovou o plano de recuperação judicial do Grupo Redenção, que teve seu segundo pedido de recuperação judicial aprovado pela justiça de Mato Grosso em abril do ano passado.
Com aceite de unanimidade dos credores trabalhistas, com garantia e da classe ME-EPP, o plano foi aprovado com a possibilidade de venda de duas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) para pagamento das dívidas da recuperanda. A venda do Curtume Jangada e Curtume Araputanga servirá para pagar os credores e injetará recursos no caixa da Empresa. O Frigorífico Redentor que hoje abate 500 animais/dia poderá voltar a abater 1.200 animais/dia.
Na classe dos credores quirografários apenas 3 credores não aprovaram o plano, dentre 31 presentes e 422 que não contestaram o plano.
O Advogado do grupo, Euclides Ribeiro, responsável pela recuperação judicial do Grupo Redenção, destacou a possibilidade da venda de UPIs para o pagamento de dívidas da empresa com seus credores.
“A venda desses ativos, como fazendas e plantas frigoríficas é mais um ponto que foi modificado com a atualização da Lei de Recuperação e Falências (LRF), e tem se tornado uma excelente forma de capitalizar a empresa, nesta assembleia em específico a venda das UPIs foi construída com a participação e aprovação dos próprios credores, após muita negociação”, explicou.
Nessa venda o adquirente da indústria tem a oportunidade de comprar um ativo sem nenhuma restrição ou ônus, assim o valor do bem fica preservado para a empresa, beneficiando a todos.
Antes da assembleia a juíza titular do processo, Anglizey de Oliveira, autorizou a venda de imóvel e uso do dinheiro para pagamento dos credores trabalhistas no valor de R$ 4.000.000,00, Quatro milhões.
Histórico
A 1ª Vara Cível de Cuiabá, aceitou em abril de 2022 o pedido de recuperação judicial solicitado pelo Grupo Redenção, com passivo superior a R$ 270 milhões.
A recuperação envolve treze empresas ligadas à agropecuária e chega a um valor de aproximadamente R$ 650 milhões, quando levados em consideração os créditos concursais e extraconcursais.
O grupo, que atua há 38 anos no mercado, iniciou-se com o frigorífico Araputanga S.A, no segmento de industrialização, importação e exportação de bovinos, suínos e seus derivados. Esta companhia cresceu e expandiu os negócios para outras regiões do Mato Grosso e de outros estados do país, diversificando suas atividades, hoje conta com frigoríficos, curtumes e PCHs.
Com Assessoria