Delação de Riva será usada em ação que apura desvio de R$ 1,5 milhão na ALMT
Por Lucas Bellinello
A juíza Célia Regina Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas de Mato Grosso, autorizou a utilização das provas emprestadas pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, nas ações que investigam suposto esquema de desvio de verbas públicas que teria desviado mais de 1,5 milhão de reais. A decisão da magistrada foi publicada no Diário de Justiça ontem.
José Geraldo Riva, Regaldo Lauro, Guilherme Costa Garcia e o ex-deputado Humberto Bosaipo são réus nos processos que apuram o esquema. Eles foram intimados a manifestar se concordavam ou não com o aproveitamento das provas emprestadas, referentes ao depoimento de Riva. Até o momento, Guilherme Garcia foi o único que discordou a respeito do compartilhamento das provas.
De acordo com as investigações, os réus teriam praticado atos de corrupção e desvio de verbas públicas. O esquema teria ocorrido entre os anos de 2003 e 2004, período em que Riva era presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Segundo o Ministério Público, o grupo teria desviado recursos da Assembleia Legislativa, por meio de de diversos esquemas de pagamentos irregulares.
As provas emprestadas pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa foram utilizadas em outras investigações que apuraram crimes de corrupção envolvendo políticos e empresários em Mato Grosso.
De acordo com a juíza, a utilização das provas emprestadas é válida, pois foram produzidas com a observância do contraditório e da ampla defesa, além de terem sido obtidas por meio de autorização judicial.
A decisão da juíza é vista como um avanço nas investigações do caso, que já tramitam há anos na justiça. O uso das provas emprestadas poderá ajudar a esclarecer os fatos e contribuir para a condenação dos acusados. A expectativa é que o processo tenha desdobramentos nos próximos meses, com o avanço das investigações e o julgamento dos réus.
