Na contramão do progresso, Lula afirma que não irá privatizar nenhuma estatal brasileira
Por Lucas Bellinello
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem a Portugal nesta segunda-feira (24) tem gerado controvérsia no mercado internacional. Em sua fala no Fórum Empresarial Portugal-Brasil, em Matosinhos, região da cidade do Porto, Lula afirmou que não pretende privatizar empresas públicas, mas sim atrair investimentos em novos negócios no país, em especial em energias renováveis.
Para o presidente, o caminho para atrair capital externo é oferecer credibilidade e estabilidade política, social e jurídica, e não necessariamente vender patrimônio público. Lula ainda criticou a privatização de empresas nos últimos governos, como a venda da Eletrobras, afirmando que a qualidade do serviço não melhorou.
Entretanto, sua fala foi considerada arcaica por muitos no mercado internacional, que veem a privatização como um caminho para aumentar a competitividade e melhorar a qualidade dos serviços. Além disso, a venda de estatais pode trazer mais recursos para o governo, ajudando a diminuir o déficit fiscal.
De acordo com especialistas, a parceria com empresários pode ser importante, mas não é suficiente para alavancar a economia e promover o desenvolvimento sustentável. A privatização é vista como uma estratégia fundamental para modernizar as empresas públicas e torná-las mais eficientes.
Assim, enquanto Lula defende a manutenção das empresas públicas, a maioria dos analistas defende a privatização como um caminho para o crescimento econômico e a criação de novos negócios. Resta aguardar os desdobramentos dessa discussão e ver qual será a posição do governo brasileiro diante dessa questão.