POLÍTICA

Em audiência sobre rodovias, Faissal pede melhorias e mais fiscalização

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou na manhã desta terça-feira (16) uma audiência pública que debateu as condições das rodovias que cruzam o estado. O evento, proposto pelo deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), contou com a participação de nomes de destaque do setor de transportes no país.
O evento debateu o estado de conservação das vias, a cobrança de pedágios, a concessão de algumas delas, além da necessidade de melhorias nas pistas e de uma maior fiscalização daquelas que foram repassadas para a iniciativa privada. A audiência pública contou com a presença do diretor executivo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Bruno Batista, além do presidente da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac), Paulo Lustosa.
No entanto, nenhum representante da Sinfra esteve presente no encontro. Em um ofício, o secretário da pasta, Marcelo de Oliveira e Silva, justificou a ausência afirmando que foi avisado da audiência em um período curto e havia pedido o reagendamento da mesma para a primeira quinzena de junho. Faissal lamentou a decisão, mas classificou a reunião como proveitosa.
“Diferente do que o Governo do Estado tem apresentado em suas propagandas, nossas rodovias estão numa situação caótica e não podemos nos calar. Temos que apresentar soluções e precisamos apurar se o que está sendo anunciado pelo Executivo está sendo, de fato, feito. Trafegamos nas estradas de Mato Grosso e por muitas vezes você fica tenso dentro do carro, não consegue descansar por conta da precariedade”, afirmou.
Quem também destacou a importância da audiência pública foi a diretora executiva adjunta da CNT, Fernanda Rezende. Ela ressaltou que a falta de infraestrutura básica nas rodovias acaba impactando de forma direta no desenvolvimento de Mato Grosso e, principalmente, no escoamento da produção agrícola do estado.
“A CNT está preocupada com a degradação e falta de investimento na malha viária. Os números são preocupantes. Mas é reflexo de baixo investimento nas malhas rodoviárias, elevando o número de acidentes por causa da falta de sinalização e de acostamentos. Nesses casos, os acidentes são fatais. O pavimento e a geometria só estão se degradando, se continuar assim não teremos mais recuperação de pista e sim novas obras, o que faz o custo subir. O transporte move a cadeia produtiva do país e tendo gastos ou falta de investimentos, faz com que o preço final seja aumentado e o consumidor prejudicado”, afirmou.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, afirmou que é preciso mudar o atual modelo de concessão, tendo em vista que, atualmente, se libera a atuação das empresas para cobrar pedágios, para só depois exigir contrapartidas, como a manutenção das vias.
“Quando se fala em rodovia estadual, o governo somente fala em privatizar. Mas como ela está sendo feita. Elabora, faz a licitação, faz a audiência e depois libera. Depois e feita a praça de pedágio para depois cobrar. Agora dar manutenção nas rodovias, tapar buracos e fazer acostamento nada é feito. A realidade das rodovias de Mato Grosso é muito preocupante. Aqui transitam 35 mil veículos todos os dias. Mas enquanto assistimos o governo fazer propaganda, que as estradas estão uma maravilha, a realidade é outra”, afirmou.

Com Assessoria

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