Polícia Civil cumpre mandados por desmatamento ilegal em MT
Por Lucas Bellinello
Nesta terça-feira (16), a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) iniciou a Operação Ronuro, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra uma associação criminosa que estava envolvida na extração e desmatamento ilegal de madeira na região Norte do Estado. Os proprietários das madeireiras eram agentes políticos e empresários locais, que utilizavam terceiros como “laranjas” para ocultar a ilegalidade do comércio de matéria-prima e burlar a administração pública ambiental e fiscal.
Ao todo, a operação envolveu 22 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas nos municípios de Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso. Além disso, as madeireiras tiveram suas atividades suspensas e seus locais de funcionamento foram bloqueados até o término das investigações.
A ação contou com o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais. As investigações tiveram início no segundo semestre de 2019, após denúncias de atividades ilícitas na região.
De acordo com a apuração, a associação criminosa praticava desmatamento ilegal visando lucro financeiro, sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense. O grupo era formado por agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que se beneficiavam da extração, desmatamento e comércio de madeiras retiradas ilegalmente da Estação Ecológica Rio Ronuro.
A área protegida pela estação abrange cerca de 131.795 hectares, com o objetivo de preservar o ambiente natural e os ecossistemas existentes. A operação tem como finalidade responsabilizar criminalmente os envolvidos pela prática de ilícitos ambientais que prejudicaram a estação ecológica. O nome da operação faz referência à área em que ocorria o desmatamento ilegal.