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Grave: Funcionário de UPA em Várzea Grande é preso por desviar remédios

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Por Lucas Bellinello

Nesta segunda-feira (22), a Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) da Polícia Civil deflagrou uma operação para combater um esquema de desvio de medicamentos na farmácia da UPA Ipase (Unidade de Pronto Atendimento), localizada em Várzea Grande. A ação resultou no cumprimento de 22 mandados, incluindo prisões e busca e apreensão. O superintendente das UPAs Ipase e Cristo Rei, Oswaldo Prado Rocha, foi preso durante a operação.

Durante as diligências, a polícia constatou que, durante o período da pandemia de Covid-19, uma janela foi aberta nos fundos da farmácia da UPA Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores. No entanto, evidências indicam que essa janela foi utilizada para desviar medicamentos de forma ilícita.

A Deccor identificou alterações irregulares no sistema de controle de saída de medicamentos da UPA Ipase, com o objetivo de ocultar a dispensa ilícita de remédios. Além disso, constatou-se que medicamentos foram dispensados para pacientes já falecidos.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, oito de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, além de um mandado de sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município.

As ordens de prisão foram cumpridas contra o superintendente de Saúde, Oswaldo Prado Rocha, chefes da farmácia da UPA Ipase e um empresário do ramo de medicamentos.

A Secretaria de Saúde de Várzea Grande informou que o prefeito demitirá os envolvidos que ocupam cargos comissionados e afastará servidores de carreira, abrindo os devidos Processos Administrativos Disciplinares (PAD).

Além das prisões, também foram determinadas quatro medidas cautelares para os investigados que responderão em liberdade, incluindo a proibição de frequentar qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto-socorro público em Várzea Grande, exceto como pacientes.

As investigações tiveram início em abril de 2022 e revelaram o envolvimento de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, incluindo o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares.

De acordo com a Deccor, os indícios apontam que os medicamentos desviados eram recebidos por um empresário do ramo de medicamentos, que utilizava “laranjas” para realizar pagamentos indevidos a agentes públicos por meio de transferências bancárias e aquisição de veículos, visando ocultar ilicitamente bens e valores.

Os investigados serão responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, pec

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