Desmatamento no Cerrado bate novo recorde em governo Lula
Por Lucas Bellinello
Maio ainda não terminou, mas já está sendo marcado como o mês com o maior volume de devastação na série histórica do Cerrado. De acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o dia 18 de maio foram desmatados 627 quilômetros quadrados (Km²), superando todos os registros desde 2019, quando o levantamento teve início.
Os dados divulgados pelo Inpe nesta sexta-feira, 26, também revelam que o desmatamento acumulado até maio no governo Lula está em níveis preocupantes. Entre 1º de janeiro e 18 de maio deste ano, foram destruídos 2.833 Km² do Cerrado, superando os índices registrados nos mesmos períodos de 2022 e 2019, que foram de 2.612 Km² e 2.630 Km², respectivamente.
Confira os dados do desmatamento no Cerrado entre janeiro e maio:
- 2023: 2.833 km² (até 18 de maio)
- 2022: 2.612 km²
- 2021: 2.033 km²
- 2020: 1.964 km²
- 2019: 2.630 km²
Quando analisamos somente o período entre 1º e 18 de maio, os números também são alarmantes:
- 2023: 627 km²
- 2022: 299 km²
- 2021: 509 km²
- 2020: 281 km²
- 2019: 476 km²
Com a aproximação da temporada de seca, especialistas têm grandes preocupações em relação ao aumento ainda maior da devastação entre maio e setembro. O cenário atual demanda medidas urgentes para conter o desmatamento e proteger um dos biomas mais importantes e ameaçados do Brasil.
O Cerrado, conhecido como a savana brasileira, abriga uma rica biodiversidade e desempenha um papel fundamental na regulação do clima e no abastecimento de recursos hídricos para várias regiões do país. A destruição desse ecossistema compromete a preservação da flora, fauna e o equilíbrio ambiental como um todo.