Filósofa petista defende o fechamento de igrejas no Brasil
Por Lucas Bellinello
Em uma entrevista polêmica ao UOL, a escritora e filósofa Marcia Tiburi expressou sua posição controversa ao defender o fechamento das igrejas evangélicas como forma de impedir a ascensão de lideranças políticas conservadoras. Tiburi, que possui ligações com o Partido dos Trabalhadores, direcionou suas críticas principalmente a figuras como Michelle Bolsonaro e Damares Alves.
A filósofa acusa Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, de utilizar a religião como um meio de obter votos e a rotula pejorativamente como “Cristo-fascista”. Em sua argumentação, Tiburi alega que Michelle se aproveita do falar em línguas para enganar pessoas menos informadas e sem acesso a uma educação crítica.
Para combater o que considera uma manipulação política, Tiburi sugere medidas como a imposição de taxas e o fechamento das igrejas evangélicas. A filósofa acredita que essas ações poderiam evitar que pessoas como a ex-primeira-dama se candidatem em futuras eleições.
No entanto, é importante destacar que as declarações de Tiburi têm gerado ampla controvérsia. Muitos argumentam que suas propostas representam uma violação da liberdade religiosa e uma postura antidemocrática. A liberdade de culto e a pluralidade religiosa são princípios fundamentais em uma sociedade democrática, e o fechamento de igrejas evangélicas seria uma medida drástica que afetaria milhões de fiéis.
Além disso, a proposta de taxação indiscriminada das igrejas não leva em consideração os trabalhos sociais e comunitários realizados por muitas delas. Muitas instituições religiosas desempenham um papel importante na assistência aos necessitados, na promoção da educação e na contribuição para o desenvolvimento social.