POLÍTICA

Lula diz que leilão de arroz foi anulado por ‘falcatrua numa empresa’

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A declaração foi dada nesta sexta-feira (21) em uma entrevista para uma rádio em Teresina. A concorrência para a compra de arroz importado foi cancelada devido a suspeitas de irregularidades.

De acordo com o G1, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (21) que o leilão de arroz foi anulado porque houve uma “irregularidade em uma empresa”. Ele estava se referindo à controversa concorrência para a compra de arroz importado, que foi cancelada após indícios de irregularidades, resultando na demissão do então secretário de Política Agrícola, Neri Geller (detalhes abaixo).

Após a anulação, o governo informou que planeja realizar um novo leilão. A decisão de importar arroz foi tomada após as enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no país, para evitar a alta dos preços do alimento.

“Decidi importar 1 milhão de toneladas. E depois tivemos que cancelar o leilão por causa de uma irregularidade em uma empresa. Por que vou importar? Porque o arroz precisa chegar à mesa do povo a, no máximo, R$ 20 por um pacote de cinco quilos. Que comprem o quilo de arroz a R$ 4, mas não pode ser um preço exorbitante”, justificou Lula.

“Vamos, inclusive, financiar áreas produtivas de arroz em outros estados para não depender apenas de uma região. Vamos oferecer a oportunidade para as pessoas comprarem e garantir um preço para que não tenham prejuízo”, completou o presidente.

A declaração foi feita em uma entrevista para a rádio Meio Norte FM, de Teresina, no Piauí.

Fávaro (PSD), Ministro da Agricultura, minimizou possíveis irregularidades no leilão.

Ele deu essas declarações durante uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde foi convidado a falar sobre os estoques públicos e a necessidade de importação do cereal.

“O processo foi anulado como uma medida de gestão para combater qualquer tipo de conflito de interesse. É uma medida preventiva, não se trata de um juízo de valor. […] É importante ressaltar que a exoneração do ex-ministro Neri Geller não é um ato de juízo de valor”, afirmou Fávaro na ocasião.

Ele também disse que o governo realizará um novo leilão, com novas regras para a participação das empresas. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) vão auxiliar na formulação do novo edital.

Fonte: G1.

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