Ministro da Justiça nega envolvimento do PT nos atos do dia 8 de janeiro
Por Lucas Bellinello
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, negou as acusações de que os atos de 8 de janeiro, em que manifestantes invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, teriam sido uma “armação do PT”. Em uma postagem feita no Twitter na manhã de segunda-feira, 24 de abril, Dino afirmou que a prova de que não foi uma armação do partido do presidente Lula é que as sedes do Judiciário e do Legislativo também foram invadidas.
Dino expressou solidariedade aos Três Poderes, que foram atacados pelo que chamou de “terrorismo político” no dia 8 de janeiro. Ele destacou que se tudo tivesse sido uma “armação do PT”, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF também teriam participado.
A crise no governo Lula teve início com a divulgação de imagens, mantidas em sigilo até então pelo governo, que mostravam o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto no momento da invasão. Ele e outros membros do GSI estavam em franca interação com os invasores.
Após a derrubada do sigilo da íntegra das imagens internas do Planalto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou sabido que Dino e o ministro da Defesa, José Múcio, também estiveram no local. Ambos aparecem discutindo nas imagens captadas por volta das 21h50, dentro da sede do Executivo. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também estava no Planalto.
De acordo com a apuração de Oeste, o governo Lula está considerando “rifar” Múcio para salvar Dino. A decisão teria sido tomada pelo novo ministro-chefe do GSI, Ricardo Cappelli.
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