POLÍTICA

Ei, você ai! Me dá um imposto aí!

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Por Cid Moreno

Pois é… Gasta-se à vontade. Criam-se ministérios sem a menor finalidade. Distribuem-se emendas a troco de assinaturas. Marginais ocupam postos-chave na estrutura governamental, a ponto de gerar a desconfiança de que o critério de escolha foi o tamanho da capivara de cada um. Reafirmo que o objetivo é arrasar o país para, após o caos, recriar a nação nos moldes escolhidos por aqueles com ideais de autoridade perpétua. Mas a máquina de destruição não pode engasgar antes de ser posta em funcionamento. Precisa-se de verba para isso.

A solução é criar impostos. O segmento da Fazenda se especializa em buscar de onde tirar do povo, sempre do povo, os recursos para as metas incríveis de sufoco a qualquer empreendimento. A imprensa, estranhamente, aplaude a iniciativa. O imposto passa a ser considerado benéfico. Chega a dizer: “A taxação dos combustíveis é boa para o meio ambiente…”. Sim, se não houver trânsito de veículos, não haverá a poluição gerada por eles. Só os ricos usam carros, os pobres podem ir a pé para o trabalho. “Tirem a bunda do sofá e andem…”. Insanidades não faltam para as narrativas. E a caça de motivos para arrancar o dinheiro do contribuinte continua, não importa o mal provocado.

Os empreendedores vão desistindo. Não há Curva de Laffer que resista à sanha de angariar capital financiador do plano macabro que assistimos. Assim poderão estatizar as empresas sob o título de resolver o problema. Na verdade, serão novos postos a serem preenchidos pelos apadrinhados. Isso não tem como dar certo. O futuro anunciado é terrível!

Ninguém se iluda. As corporações a vir por terão muitos caciques e nem conseguirão pagar o salário de seus funcionários. Quando ruírem, será tarde e não será possível reconstruir. Os afilhados já estarão em casa com os bolsos lotados pela corrupção.

No começo, agirão sob o manto de recuperação do “prejuízo” herdado do antecessor e propagando tirar dos ricos para incorporar ao patrimônio público. A tese enganará muitos, pois o estado é do público. A realidade, assim mascarada, faz crer trabalharem para o bem comum e conta com a simpatia dos menos avisados. Findados os estoques e a produção mortalmente ferida, a população acordará à míngua, sem possibilidade de reparação.

O processo, inicialmente aceito, a esta altura, vira coação. As prisões em massa, tortura, até morte farão parte do cotidiano. Aí, ficará demonstrado que o imposto não resolve. Não existe produção.

Alguns estarão rindo, felizes com o cofre cheio do sangue e suor da massa.

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