Servidora de MT procura infectados com zika vírus para tentar curar filho
Quais os limites do amor de uma mãe para com o filho? Para a servidora da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Jeane Amaral Gonçalves, são infinitos e um exemplo disso está na campanha criada por ela para salvar a vida do pequeno Gabriel Amaral Gonçalves Pequeno, 5 anos, que luta contra um câncer no cérebro.
Em março do ano passado, Gabriel foi diagnosticado com meduloblastoma. Ele chegou a passar por cirurgia e tratamento com quimioterapia e radioterapia, no entanto, no final do ano passado, novos exames informaram que o tumor havia voltado e está em estágio avançado.
Com o novo diagnóstico, os médicos alertaram a mãe de que não haveria outro tipo de tratamento. Mas Jeanne viu uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em 2018, que mostra que o vírus da Zika pode combater esse tipo de câncer.
Diante da nova esperança, ela entrou em contato com a coordenadora, a bióloga e geneticista Carolini Kaid, que incluiu Gabriel na lista de prioridade para fazer parte do tratamento experimental. Entretanto, não existe nenhuma previsão de quando o menino possa começar a receber os medicamentos.
Desesperada e tendo em vista que o quadro de saúde de Gabriel tem se agravado, Jeanne começou uma campanha atrás do vírus da zika, em Cuiabá. Segundo ela, o objetivo é chamar atenção para o problema do menino que, atualmente, perdeu os movimentos do corpo e faz o uso de ventilação mecânica.
“O meu objetivo é de que o meu filho pegue a zika porque o vírus combate o tumor que ele tem e precisa combater rápido. O estado do Gabriel é muito grave. E os médicos já me disseram que não tem outro remédio essa é a única chance que meu filho viver”, explicou.
“Eu estou desesperada, os remédios da pesquisa não vão ser feitos agora e já tem algum tempo que estou procurando alguma pessoa que tenha sido infectada com a zika e não acho. Eu resolvi procurar por conta própria porque eu quero salvar meu filho, nem que eu seja presa, mas eu farei tudo que eu puder para salvá-lo”, acrescentou.
O objetivo da servidora é encontrar alguma pessoa que tenha sido diagnosticada apenas com o vírus da zika. A partir daí, ela utilizaria um mosquito para picar essa pessoa infectada e, em ato contínuo, colocaria o inseto para transmitir a doença para Gabriel.
Jeanne afirmou que já procurou diversos profissionais, alunos e professores, de universidades da Capital, mas foi orientada a esperar pela pesquisa da USP, pois, não pode ser feita de forma improvisada.
“Já que eu não consigo ninguém possa montar esse vírus para poder aplicar no meu filho eu vou atrás do que eu consigo. Ele não pode mais esperar, essa medicação pode demorar anos ainda”, ressaltou.
Via: Repórter MT