Faissal apresenta projeto que prioriza trabalhadores do comércio em vacinação contra Covid-19
Deputado destaca que imunização do setor ajudaria no combate ao vírus e aqueceria economia
O deputado estadual Faissal Calil (PV) apresentou um projeto de lei que coloca nos grupos prioritários os trabalhadores que atuam no comércio em Mato Grosso. Considerado um dos setores mais importantes da sociedade, os comerciantes têm sido um dos mais impactados com as restrições para evitar a disseminação do vírus causador da Covid-19. De acordo com o parlamentar, a imunização impactaria de forma significativa na diminuição do contágio por clientes e fomentaria novamente a economia dos municípios e do estado como um todo.
De acordo com o parlamentar, que também entrou com um requerimento de dispensa de pauta para o projeto, somente a vacinação em massa dos empresários e funcionários do comércio poderá evitar novos decretos de fechamento do setor, assim como outras medidas restritivas. Faissal destaca que a profissão, para ser exercida, requer contato próximo com as pessoas e, mesmo com o cumprimento de todos os protocolos sanitários de combate à pandemia nos estabelecimentos comerciais, quando ocorrem, torna os empregados no comércio grupo de risco, devido a esta proximidade.
“Só assim nós daremos um fim nesta celeuma de fechamento do comércio e a única saída que encontramos é a vacinação em massa de quem trabalha e quem produz, além de também aumentarmos o atendimento médico-hospitalar. Recebi um relatório da UTI de um hospital particular de Cuiabá e temos percebido que nesta nova onda o vírus tem atingido bastante os jovens, com média de 30 anos de idade, faixa etária que atinge boa parte dos trabalhadores do comércio”, aponta o deputado.
Faissal lembra ainda que vários produtos são expostos nas vitrines, prateleiras e gôndolas de lojas, mercados, supermercado, farmácia e afins. Estes itens são manuseados por clientes e, depois, recolocados em seus respectivos lugares pelos comerciários, um fator a mais para aumentar a potencialidade das contaminações. O deputado destacou também que com a imunização, estes funcionários não levariam o vírus para casa, impedindo que o vírus se disseminasse.
“Muitas destas pessoas acabam também infectando os mais velhos, dentro de suas próprias casas. Na minha família mesmo, meu pai que tem 78 anos e já foi vacinado, disse que cederia a vez ao meu sobrinho, de 33 anos, pois já tem sua aposentadoria e está em casa se cuidando, ao contrário do mais jovem, que tem que ir trabalhar, produzir e se sustentar. Meu sobrinho tinha uma loja de roupas em um shopping e teve que fechar, pois acabou falindo com a pandemia”, explicou.